quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Carga tributária

As eleições trouxeram de volta o recorrente tema da necessidade de reforma tributária. O problema é que nenhum candidato mostrou de forma efetiva o que pretende fazer para reduzir o peso dos tributos.
A pesquisa da Firjan, feita com 2.482 pessoas, mostrou que a carga tributária no Brasil é percebida como alta ou muito alta por mais de 95% da população e que a redução dos impostos é vista como um grande benefício para a população por 89,2% das pessoas.
Na pesquisa da Firjan criou-se, para os entrevistados, um cenário no qual em decorrência da redução tributária haveria acréscimo de 5% na renda das pessoas. Quarenta e quatro por cento disseram que usariam o dinheiro excedente para poupar; 37% informaram que iriam para o consumo; e 18,7% optaram por quitar dívidas.
O levantamento mostrou ainda que 72,7% dos trabalhadores simplesmente não sabem o total de impostos incidentes sobre seus salários.
O mais significativo, na avaliação dos técnicos da Firjan, foi o número de 95.6% que acham a carga alta. Outro dado preocupante é o destino que as pessoas imaginam que o governo dê para o dinheiro público.
Quase 65% falam de manutenção e melhoria dos serviços, mas 21,8% dizem que o dinheiro abastece os bolsos dos governantes.
A tributarista Letícia Amaral mostra certo desânimo quanto a uma solução no curto ou médio prazos. "Sem mudar a gestão do gasto público, nunca teremos outro cenário".
Para ela, falta ao governo lembrar que sem o peso dos tributos a população consumiria mais e com isso a economia cresceria a uma taxa maior e haveria aumento de arrecadação em relação aos níveis atuais.
No ano passado, o IBPT fez um levantamento entre pequenas, médias e grandes empresas para avaliar o grau de sonegação. Os índices ficaram em 65%, 49% e 27%, respectivamente.

Fonte: Fenacon

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